Após o diagnóstico de Alzheimer, é inevitável perguntar-se: “O que fazer agora?”. Já que o paciente precisará sempre ter uma companhia, seja de um cuidador profissional ou de um familiar, é importante também tomar alguns cuidados para melhorar a convivência e evitar alguns problemas que podem ocorrer pelo caminho.
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Nesse momento, é essencial o apoio da família e de amigos, além do acompanhamento médico.
O diagnóstico precoce é de extrema importância para a eficácia do tratamento. O uso de medicamentos, porém, ainda é questionado entre os médicos. “A maior parte dos pacientes apenas tem a progressão retardada e não uma melhora real do quadro”, explica o geriatra Paulo Camiz. Sendo assim, é importante salientar que não há cura para a doença. Segundo a geriatra Lilian Schafirovits Morillo, “os medicamentos utiliza- dos amenizam por algum tempo os sintomas e ajudam a desacelerar a progressão da doença. No entanto, não são capazes de estacionar a doença e menos ainda de revertê-la”.
Segundo Lilian, é importante que os amigos e familiares do paciente entendam do que se trata o Alzheimer e sejam solidários com essa condição. Também é preciso impor os limites necessários em cada momento, não exigindo dos portadores o que eles não pode mais fazer e encontrar novos modos de se relacionarem. A pessoa deve sempre ser incentivada com dicas que facilitem o acerto. “Deve-se ter em mente que o paciente está efetivamente com um prejuízo nas áreas do cérebro responsáveis pelo armazenamento das informações e não que esteja com má vontade ou preguiça de tentar”, conclui.
Outra dica é “estabelecer rotina para os portadores de Alzheimer, pois, devido à perda cognitiva, eles têm difi- culdade de lidar com novas situações”, explica o psiquiatra Júlio César Menezes Vieira. O médico conta que as pessoas próximas precisam ter paciência e podem deixar fotografias ou objetos pessoais do paciente próximos a ele, para estimular as lembranças.
De acordo com o geriatra Norton Sayeg, a pessoa deve estar sempre acompanhada por alguém, porque não tem mais condição de tornar conta de si mesma de forma adequada. Se nenhum familiar ou amigo tiver condições de se dedicar exclusivamente ao paciente, deve ser levada em consideração a contratação de um cuidador profissional para auxiliar no dia a dia.
Já o médico geriatra Paulo Camiz aconselha a nunca entrar em conflito com o paciente, por qualquer que seja o motivo, porque, para eles, não existe um raciocínio lógico. “Tentar convencer ou provar que se está correto e querer ter razão é um desgaste emocional totalmente desnecessário”, explica.
“Deve-se ter em mente que o paciente está efetivamente com um prejuízo nas áreas do cérebro responsáveis pelo armazenamento das informações e não que esteja com má vontade ou preguiça de tentar.”
Lilian Schafirovits Morillo
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