Toda a incontinência pode ser controlada desde que haja condições físicas de se chegar ao banheiro e desde que haja capacidade intelectual/cognitiva suficiente para compreender as orientações abaixo. Apesar das orientações serem simples, não se exclui aqui, a necessidade de se realizar uma avaliação e acompanhamento médicos.

 

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Incontinência de esforço

O que é?

Esse tipo de incontinência, refere-se a um problema de perda da força da musculatura pélvica que controla o esvaziamento da urina. Estando ela fraca, toda vez que a pressão do abdômen for superior  a musculatura pélvica consegue gerar para conter a urina (num momento de tosse, espirro, ou uma gargalhada por exemplo…), haverá perda involuntária de urina.

O que fazer?

Compreendido o mecanismo desse tipo de incontinência urinária, percebe-se a importância de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico porque é justamente lá que está o problema.

Essa musculatura pode ser  exercitada mas antes precisa ser reconhecida. Durante o ato de urinar, tente interromper a micção. Você estará utilizando esta musculatura! Depois que souber reconhecê-la, não faça mais esse exercício durante a micção! Você pode e deve realizar exercícios de contração por 10 segundos, seguido de relaxamento dessa musculatura, principalmente quando não estiver com vontade de urinar ou com a bexiga cheia. Faça isso de 2 a 3 vezes por dia todos os dias. Os resultados devem aparecer em alguns meses então não desista! No caso de mulheres idosas, pode ser necessária a reposição de estrogênio vaginal o que irá facilitar o ganho de musculatura local e recuperar a atrofia dos tecidos da região. Isso é claro deve ser visto em conjunto com o seu médico. Outra suplementação que pode também se aplicar aos homens, é a de suplementos alimentares a base de proteínas. Isso também irá ajudar no ganho de musculatura no corpo em geral e a musculatura pélvica está inclusa.

Para casos mais severos em que haja por exemplo uma deficiência anatômica pode ser que seja necessário o tratamento cirúrgico e nesse caso, não deixe de conversar com o seu médico.

Incontinência urinária de urgência

O que é?

As pessoas que apresentam este tipo de incontinência apresentam uma forte necessidade de urinar que se manifesta subitamente ou num curto espaço de tempo. Por vezes o estímulo é tão intenso que a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro e a urgência torna-se uma urgeincontinência… Ao contrário da situação acima, o problema não está na musculatura pélvica mas sim na bexiga, que se contrai involuntariamente e mais intensamente do que deveria. Tratam-se de pacientes que urinam diversas vezes ao dia e inclusive levantam muitas vezes durante a noite para urinar, o que prejudica o seu sono e oferece risco para quedas.

O que fazer?

Outra maneira de se perguntar o que fazer seria, como educar minha bexiga? Visto que é lá que está o problema…

Assim, evitar alimentos que podem piorar a situação (álcool, café, alimentos ácidos…) e piorar a excitabilidade da bexiga devem ser evitados. A ingestão de grandes quantidades de bebidas nas horas que antecedem o sono também devem ser evitadas. Outra medida importante é a de se evitar a obstipação intestinal, o que também prejudica a bexiga.

Especificamente para “adestrar a sua bexiga” recomenda-se a realização de micções programadas com intervalos pré estabelecidos, que devem ser progressivamente espaçados. Assim, pode-se começar programando ir ao banheiro de hora em hora mesmo que não se tenha vontade de ir. Esse intervalo deve ser espaçado progressivamente e, quando houver uma vontade de se ir ao banheiro, essa “onda” de urgência deve ser controlada. Fique em pé ou sente-se da melhor forma que encontrar para contrair a musculatura que segura a urina (recorra aos exercícios para incontinência de esforço). Relaxe e espere a urgência passar pois ela tende a durar apenas alguns segundos. Se conseguir esperar até a hora marcada para a próxima micção, espere. Do contrário, mantenha a calma e vá com tranqüilidade ao banheiro. Com essas medidas, pode-se aos poucos reassumir o controle das funções urinárias e, por que não, cada vez mais de todo o corpo.

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